Animal foi encaminhado para a clínica escola com histórico de trauma automobilístico, já havia realizado todos os exames e não apresentava alterações em nenhum deles, exceto o Rx de MAD que revelou fratura total de rádio e ulna. Animal então foi encaminhado para cirurgia, quadro havia ocorrido 48 horas antes.
Membro preparado para cirurgia.
Incisão de pele.
Localização do foco de fratura.
Fragmentos ósseos localizados.
Redução da fratura.
Ensaio da placa.
Colocação dos primeiros parafusos.
Cirurgia finalizada. Esqueci de fotografar o RX mas quando colocar as fotos do Rx pós-operatório posto e de antes também.
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I Curso de Emergência em Pequenos Animais
Abcesso Periapical em Coelho.
Esse animal foi atendido pelo Dr. Júlio Arruda, no Instituto Prosilvestres, onde após solicitação de exames radiográficos foi detectado um abcesso periapical. A cirurgia foi em conjunto com o Dr. Júlio Arruda, que realizou a extração e o tratamento odontológico do paciente.
Nódulo imediatamente abaixo de incisivo inferior direito.
Animal intubado em decúbito dorsal preparado para cirurgia.
Retirada completa e curetagem do abcesso, notar ápice da raiz dentro do abcesso. Foi realizada extração do dente.
Finalização da cirurgia, foi feita marsupialização do abcesso para limpeza e tratamento posterior.
O animal retirou os pontos e recupera-se bem. Já alimenta-se e bebe água normalmente.
Flap pediculado de pele para cobertura de lesão por miíase.
Animal de rua que chegou até a clínica por intermédio de uma cliente. Estava com uma miíase muito grande e já havia perdido dois dígitos, foi feita limpeza da ferida e tratamento da lesão para que pudesse ser realizado o enxerto.
Lesão após limpeza e tratamento sendo preparada para receber o enxerto.
Amputação do terceiro metacarpo devido a exposição óssea e possível osteomielite.
Reavivamento dos bordos da lesão.
Retirada do flap da área doadora, região latero-cranial de tíbia.
Medindo o tamanho do flap e ensaiando a cobertura.
Primeiros pontos para fixação do flap.
Resultado após 30 dias.
Flap ainda presente sem necrose, um pouco retraído devido a deiscência de alguns pontos por lambedura do animal.
Retirada do flap com excelente resultado final, agora é só aguardar o fechamento total da lesão. Animal já caminha normalmente e apoia o membro sem problemas.
TTA e TPLO
Tenho recebido diversos comentários sobre Ruptura de ligamento cruzado em cães (RLCC). Muitos perguntam qual melhor técnica para cães grandes, na minha opinião essas são as duas melhores técnicas para correção de RLCC em cães grandes.
Seguem dois links, um de TTA e outro de TPLO.
http://www.youtube.com/watch?v=QdrlWziv5sI
http://www.youtube.com/watch?v=a9msyfzTKGg&feature=related
Aproveitem, os vídeos são bem didáticos.
Luxação de sínfise mentoniana em felino.
Animal chegou a clínica com histórico de trauma automobilístico. Descartadas todas as possibilidades de outros traumas, o animal foi encaminhado para cirurgia de redução da luxação por cerclagem.
Deslocamento mandibular e oclusão incorreta.
Colocação de agulha 40 x 12 entre o lábio e a mandíbula, imediatamente atrás dos caninos.
Passagem do fio contralateral da mesma forma.
Utilizada cerclagem interdental para aproximação e feito aperto da ceclagem.
Após 45 dias animal retornou para retirada da cerclagem.
Oclusão e estabilidade satisfatórias
Retirada das cerclagens e cicatrização perfeita.
Artigo luxação patelar.
Luxação Patelar.
A instabilidade femoropatelar é uma das causas mais comuns de claudicação em cães. A instabilidade varia desde leve, sem a presença de sinais clínicos associados, até uma instabilidade severa com luxação completa e irredutível da patela e sinais clínicos graves.
Na grande maioria dos casos a luxação é medial, em cães de pequeno porte podendo ser congênita ou adquirida. A luxação lateral é rara e normalmente congênita em cães de pequeno porte. A instabilidade também pode acometer felinos mas com freqüência bem menor do que em cães. Os sintomas variam desde uma claudicação leve até severa, podendo o animal não mais apoiar o membro afetado e ocorrer desvios no eixo do membro.
A luxação patelar medial segue um sistema de classificação que varia de acordo com o grau da lesão:
Grau 1 | A patela pode ser luxada medialmente por manipulação, quando a articulação do joelho é mantida em completa extensão. Não ocorre creptação e nem deformidade óssea. Não ocorrem sinais clínicos ou são muito infrequentes. |
Grau 2 | Ocorre luxação espontânea, onde ela retorna naturalmente ao sulco, acompanhada de sinais clínicos do tipo claudicação indolor. Formam-se leves deformidades, consistindo de rotação interna da tíbia e adução do tarso. |
Grau 3 | A patela encontra-se permanentemente luxada, mas pode ser reduzida manualmente. Estão presentes deformidades ósseas mais graves e significativas. Pode ocorrer rotação interna da tíbia e curva em forma de S da porção distal do fêmur e proximal da tíbia. O proprietário frequentemente se queixa do cão andar “agachado”, pois o cão usa o membro em uma posição semi-flexionada, com rotação interna. Normalmente o distúrbio é bilateral. |
Grau 4 | A patela fica permanentemente luxada e de forma irredutível. A tíbia já sofreu rotação de 60º a 90º com relação ao seu eixo sagital. Se não for corrigido no início da vida do paciente, formam-se deformidades ósseas e ligamentares graves, que não poderão ser reparadas. |
Fonte: De Singleton WB: The Surgical correction of stifle deformities in the dog. J Small Anim Pract.
O diagnóstico da luxação é clínico através do exame físico, mas pode ser auxiliado pelo diagnóstico radiográfico com exames nas projeções antero-posterior ( AP ) e Skyline, que podem nos dar a noção do grau de desgaste articular causado pela patologia.
O tratamento da luxação patelar é cirúrgico e pode variar desde uma simples trocleoplastia até procedimentos mais elaborados como a transposição da crista tibial.
Estarei postando uma cirurgia de correção de luxação Grau 2 para melhor visualização da técnica.